domingo, 29 de maio de 2011

Turning Tables

Adele! Sim, aquela cantora britânica, incrivelmente talentosa; lembro-me do dia que me apresentaram ela, digo, comentaram sobre e mandaram ouvir as músicas. Ouvi. Que voz! Fiquei assustado como tão profundas as letras de suas músicas são. Elas são baseadas no final do seu próprio relacionamento e, sabe, me fazem lembrar de você; não só por conta de se tratar de um final de relacionamento, mas eu nos via em muitas de suas músicas. 

Muitas vezes quando lembrava de você, eu parava para escutar algumas músicas. Cantava junto, imaginando você em minha frente, como se eu estivesse cantando para você, vomitando toda aquela emoção que a música transmitia na sua cara. Mas você não estava em minha frente, não é mesmo? Sobrava para o espelho, travesseiro, até mesmo para a própria tela do meu computador. Mas será que você não sentia nem um pouquinho dessa dor?

Hoje resolvi editar umas fotos e fui postar uma delas; fui atrás de uma letra de Adele para fazer parte da foto e fiquei perdido. Já tinha percebido que estava perdido há algum tempo, mas não tinha entendido até então. Para quem eu estava cantando ultimamente? Para quem eu gritava o sofrimento das letras das músicas mais melancólicas que ouvia nos últimos dias? Digo, era para ser você, mas, de alguma forma, não sentia isso mais! Esse sufoco, essa sensação penosa de não te ter parecia não existir. Como se eu tivesse tomado um analgésico para dor de amor.

Não sei como será quando eu te ver novamente, quando eu deitar em sua cama e dormir como seu amigo, quando você estiver beijando outra boca, quando estiver chamando ela de “meu amor”. Mas eu sei que vou aproveitar o agora enquanto você não pode me machucar e vou viver e vou respirar livre e vou, porque não, amar. Você não morreu para mim, não, definitivamente não, mas EU precisava viver e, cá entre nós, demorou, não?

2 comentários:

  1. De fato a musica nós leva a locais, momentos e certamente pessoas, nós faz lembrar acontecimentos vivos em nossa mente, ou imaginar algo que poderia acontecer, ótimo post... PARABÉNS.

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  2. ...aposto que deitarás e aproveitarás o que a cama de um amigo pode oferecer. Quando abrimos caminho para o novo surgir o velho acaba se tornando apenas conforto - quando bom. Isso não quer dizer que o velho não possa se revigorar, mas é melhor mantermos uma condição de "improbabilidade", porque assim poderá ser surpresa.
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    Pois, adoro Adele! Parabéns... Bela foto.

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